Tive sorte, num mundo em que o desporto é um dos fatores principais de movimentação das povoações, em que o desporto é considerado um dos principais fatores monetários que geram e movem dinheiro, hoje posso contar uma pequena história.
O meu Clube faz 95 Anos, 95 disse bem.
Nascido em Lisboa, “Capital” do país, tinha sido fácil ser engolido pelas opiniões de tantas pessoas e de tantos adeptos do Benfica, Sporting e Porto, poderia até mesmo vivendo na Margem Sul, apoiar o Vitória FC, mas felizmente tive a sorte de nascer numa família que a ligação ao Desporto não era o principal fator de vida, sendo o meu Pai a principal fonte.
Desde cedo o meu Pai, acompanhante dos jogos do Vitória SC e por consequente seu adepto, visto não gostar dos 3 “Eucaliptos” portugueses, admirava o Clube da verdadeira Capital, Guimarães.
Tive sorte, posso dizer que tive sorte, o Desporto infelizmente vive numa centralização de 3 clubes, as modalidades, todas elas, passam por isso, mas felizmente eu apoio um Clube que é diferente e para melhor, sem dúvida!
Perdoem-me se pequei, se deveria apoiar o Clube da minha terra, mas o meu Pai também não pecou quando agarrou na frase “De Geração em Geração” e me fazia cada vez que o Vitória vinha cá abaixo, uma pequena surpresa ao ver jogar.
Posso dizer que não sou o único caso, que há mais adeptos Vitorianos espalhados pelo País, pelo Sul do País, que vivem tal como eu ou mais, como o meu Pai viveu, esta paixão.
Ser do Vitória Sport Clube ensinou-me a nunca desistir dos meus principais objetivos, a lutar mesmo que a luta esteja perdida e a honrar o nome dos meus parentescos e da minha família, da família Vitoriana e também da de sangue, a não dar um passo atrás, a seguir em frente e a lutar, independente do obstáculo que tenha que encarar.
Poderia ser mais um, como ele dizem “A vencer, custe o que custar”, a ter títulos, a não saber saborear uma vitória, a não aprender e a não lidar com uma derrota. Mas não.
Preferi o caminho correto, a lutar, custe o que custar, para ganhar se o for o justo, a saborear cada vitória da vida, a aprender com as derrotas e com as percas e obstáculos e a lutar para no dia seguinte ser cada vez melhor, porque ninguém é melhor que ninguém, há sempre alguém melhor que tu.
Gostava e muito de um dia dizer “Moro em Guimarães, no Berço de Portugal”, mas para já sei que não é uma realidade, e espero ver mais aniversários do meu Clube e poder continuar a apoia-lo, independente do que aconteça.
Não vejo o Vitória como um Clube Nacionalista ao contrário de Benfica, Porto ou Sporting, vejo o Vitória como um Clube da Terra, da Cidade de Guimarães, Eterna Capital, e talvez por isso, não goste que digam que o Vitória já é um Clube Nacional, ou um Clube que pode ser fundadas Casas do Vitória em outras terras.
O Vitória é e será sempre das gentes de Guimarães e eu tive sorte, fui integrado numa família, nestas gentes que de dia para dia, me cativam mais e que defendem não só o seu Clube, mas a sua Cidade e a sua Terra, eu posso dizer que, tive sorte!
Por tudo isto, Parabéns Vitória, Parabéns às suas gentes, às suas massas de adeptos locais, Parabéns a todos os que vão semeando aqui e ali o Vitória e mostram o que é ser Vitoriano, ter orgulho na sua Cidade, eu tenho orgulho em poder dizer que sou mais Vitoriano, mais Vimaranense que Alfacinha, esta foi a minha sorte!
Parabéns Vitorianos!
Depois de um início nada bom no campeonato, com apenas 4 pontos conquistados e amealhar-mos 13 golos em 5 jogos oficiais, a deslocação a Paços deixou uma perceção que a época iria ser longa e penosa para a nossa equipa.
E se olharmos com atenção, ainda mais penosa podia ser devido à incapacidade patente de promoções na Equipa B, com apenas Denis Duarte a meu ver, ser o jogador com condições para sustentar um lugar no plantel da Equipa A de momento.
Inerentes a estes fatores, a direção vitoriana fez um mau mercado e continuava a dizer que tinha a melhor equipa dos últimos 10 anos, o que a meu ver não é verdade.
Contudo, Pedro agarrou nas tropas que chegaram atrasadas à batalha e começou trabalhos para ter o maior entrosamento possível entre os atletas que dispunha, face as carências que o plantel apresentava.
O jogo com o Boavista, que tive oportunidade de estar presente (é sempre um prazer estar em casa), mostrou-me que os reforços vieram sem dúvida melhorar a qualidade do plantel, que apesar de tudo é limitado no meu ver, já que carece de mais um central e um jogador que possa substituir Hurtado em caso de desgaste físico (o que aconteceu ontem, com a entrada de Kiko).
Apesar disso, o Vitória somou 3 pontos e viu a sua baliza depois de 5 jogos oficiais, não ser violada em 2 jogos, com uma defesa já composta por Konan, Vitor Garcia, Pedrão e Jubal.
Ontem no jogo com o Salzburgo, muitos criticaram o técnico, os jogadores, o fato de não termos ganho, que devíamos ter ganho, que não jogamos bem, que a bola é só pontapé para a frente, etc etc…
Eu sei que existiram erros, que o resultado poderia ter diferente, meus caros, eu também sei disso, mas poderia ter sido muito pior.
O Vitória jogou perante uma equipa acostumada a estes palcos europeus, acostumada a esta fase de eliminatórias, acostumada e entrou no Dom Afonso Henriques sobre pressão, após as derrotas na Liga Austríaca, mas fazendo uma pressão a todo o campo, sendo que isso, obrigou o Vitória a um jogo que normalmente não está habituado, sendo que o único ponto menos positivo em Pedro, foi a colocação de Teixeira na frente sem que ninguém o pudesse sustentar as bolas que fez por ganhar, perdendo-as de seguida, Hurtado ainda tentou, mas a pilha pós seleção e jogos consecutivos, fizeram-no ser rendido por Kiko.
As equipas de Pedro Martins como já percebemos carecem de não saber a jogar sobre pressão, mas ontem o Vitória demonstrou que mesmo sem experiências, rotinas ou até entrosamentos, é possível lutar pelos resultados.
E aqui vem a minha frase de abertura que em Português quer dizer fé e esperança, a fé que nos une e vai ter que nos unir ao longo da época, é a força que vamos transmitir para dentro do campo e estes quer queríamos, quer não, vão ser os nossos atletas até Janeiro pelo menos, pelo que temos que incentivar e demonstrar que não estamos nervosos fora de campo.
Se há duas semanas atrás discutíamos porque não jogávamos nada, que a equipa com 11 não venceu em Paços de Ferreira, hoje antevejo um futuro com esperança que as coisas melhorem num futuro próximo, face o empate de ontem, contra uma equipa que é bastante melhor do que demonstrou.
A meu ver a Liga Europa, não deve ser um objetivo prioritário a não ser pelo encaixe financeiro que traz ao clube, porque mais importante que isso, o importante é consolidar o 4º lugar para podermos e aí sim, continuar a alteração que foi feita o ano passado.
Se tenho dúvidas que isso vai acontecer? Claro que sim, mas a fé e a esperança de dias melhores já esteve mais longe e espero sinceramente que não volte a estar porque em cada vitoriano reside a fé e esperança de ver a equipa conquistar.
Como nós? #NUNCAHOUVEIGUAL
PS: Queria deixar dois apontamentos importantes, primeiramente o fato de que o Vitória fez mais publicações ontem do que em quase toda a época nas redes sociais, talvez uma motivação extra da Liga Europa que eu peço encarecidamente para que continue todos os dias, o Branding é essencial.
Segundo apontamento que faço é mais uma vez os adeptos, estes que continuam a encher o estádio, parabéns às claques e especialmente aos WA pela coreografias e para quem trabalhou pelas mesmas.
Após dois meses de transferências o mercado acabou na noite passada, sem nenhuma surpresa de última hora e com os adeptos do Vitória a abordarem um futuro com um ponto de interrogação, sendo agora importante, continuarmos a apoiar a equipa e os jogadores que vão elevar o símbolo do nosso Vitória todos os fins de semana e dias de semanas (sim há Liga Europa).
Procedemos a algumas alterações nos dias anteriores ao fecho do mercado com a inclusão de Wakaso, que veio tapar a lacuna deixada pela saída de Zungu (não sejamos tolos ao ponto de dizer que o Vitória não sabia que o mesmo estava de saída, porque se não estou certo que não iria ao mercado por Wakaso) e houve a inclusão do emprestado Heldon, para preencher uma das posições que estava realmente carenciada com as partidas de Hernâni e Marega.
Victor Garcia é uma aposta na lacuna a defesa direito, já que Sacko não convenceu o desanimado e incoerente (um timoteiro diferente) Pedro Martins.
O Vitória precisou de 4 jogos para contratar 3 atletas e se convencer a si próprio que a época foi mais uma vez, mal planeada (estou em crer que se ganhássemos o jogo no Estoril e em Paços, nem ao mercado ia, fazendo somente a contratação de Wakaso por Zungu, e vangloriando, dizendo que tinha um plantel com condições (continua a não ter)) pelo qual, admiro quem ainda tem capacidade para dizer que mantém a fé e a esperança, não fossemos nós Vitorianos, carregando o símbolo de Afonso e ganhando todos os jogos na bancada como o fazemos, esperando que em campo haja também uma resposta a essa altura e que na direção, haja também, uma ambição a essa altura.
Relativamente a Zungu (tal como Josué mas menos, visto ser “filho da casa”), queria deixar aqui um ponto importante que talvez muitos estejamos esquecidos ou então que será necessário recordar.
Como em tudo na vida, nós vivemos com dificuldades e procuramos um bom local de trabalho que nos pague bem e que estejamos felizes ao fazer aquilo que fazemos, o que nem sempre é possível, já que, muitas vezes temos que nos dar ao que há.
O Vitória teve mais que tempo suficiente para renovar o contrato ao médio e oferecer uma proposta melhor do que a que ofereceu, uma proposta irrisória, sendo uma pequena melhoria, substancial do seu contrato, que não chegou a um consenso com a empresa e agência do jogador.
Zungu gostava de Guimarães e gostava do Vitória, contudo, como em tudo na vida, zela pelos seus interesses, como nós zelamos pelo nosso trabalho, por um futuro melhor, com um contrato melhor, com uma vida melhor (sim os jogadores também têm uma família).
Antes de podermos julgar, temos que nos fornecer dos argumentos e fatos e infelizmente sei do que falo (sendo que Júlio aquando da entrevista que vai dar Sábado, vai decerto dizer que o jogador recusou a proposta que lhe foi apresentada, o que sinceramente e sendo da maneira que foi, apesar de ser Vitoriano, também recusaria) pelo que o médio queria render dinheiro ao clube e foi isso que fez, saindo.
Assim sendo, o mercado deveria ter sido abordado com ambição, com determinação, até porque como ouvi dizer, este era o momento de estabilidade, de retorno, depois de épocas em recuperação financeira (Aqui Júlio vai-se agarrar ao fato de ter comprado o passe dos atletas e que obtém neste momento um plantel que poucos são os emprestados, naturalmente).
Entristece-me o fato de a ambição ser tão curta como o plantel que temos para abordar 4 competições (Eram 5, mas pronto), só esperando que os que estão agarrem e nos elevem como disse acima, porque agora a única maneira de reforçar o mesmo, é de recorrer aos jogadores a custo 0 (e há bons) mas, já numa fase muito adiantada (Um plantel de Liga Europa deve ficar fechado o mais rápido possível).
Para terminar, porque estou um pouco cansado sinceramente de falar sobre o nosso Vitória (pelo qual irei deixar de falar ou submeter algum tipo de opinião nos próximos tempos, estando a necessitar realmente de um “reset” para não explodir) como negativista que sou, tenho de admitir que a estabilidade que queria para o nosso Vitória não se realizou (mais uma vez) e desta vez espero honestamente que haja alguém que possa no próximo ano, apresentar uma candidatura à presidência do nosso clube e que tenha mais ambição, mais respeito por estes adeptos que fazem o que podem para acompanhar o Vitória ao longo da época, independentemente de onde vá.
PS: Dois pontos:
O Primeiro relativamente ao Marketing e Branding do Vitória que passa por dias maus, muito maus, com erros, sem Vitória TV (Até equipas na Distrital já o têm), pelo que será o momento de repensar neste projeto que hoje em dia é fundamental para um clube, quer em termos de cativar adeptos bem como, na publicidade e imagem que traz (vejamos o Tondela, Santa Clara e até o nosso rival, Braga).
Deixando o recado de forma direta, deêm-se ao trabalho, porque trabalhar custa!
Segundo ponto importante, vai ser fundamental o nosso apoio nas bancadas, pelo que mesmo “sem jogadores” ou dirigentes, lá estaremos como sempre, porque como nós, adeptos, com o amor que temos, Nunca houve igual.